24 dezembro 2008

Mensagem do Presidente - 1

A Adémia foi contemplada por deliberação do Executivo Camarário de Coimbra, conforme Acta de 28 de Julho de 2008, com um relvado sintético, como é sabido, por mérito próprio atendendo à actividade que vem exercendo e ao trabalho, que é visível de todos e, reconhecido por alguns, como de meritório, ao nível da formação. O mencionado mérito, para os incrédulos, esteve na origem da atribuição do Estatuto de Utilidade Pública ao Clube por Despacho 29191/2008, publicado no Diário da República, 2ª série, Nº 221, de 13NOV2008.
Neste processo da atribuição do relvado sintético, a Adémia esteve sempre como devia estar. Não havia lógica a marcação de quaisquer datas de início de obra sem o competente contrato assinado. A empresa a quem foi adjudicada a obra não conseguiu cunprir aquilo a que se comprometeu, em sede do procedimento adoptado, na intenção de adjudicação dos Clubes. A Adémia efectuou uma Assembleia Geral, para mandatar os membros da Direcção para assinarem o contrato que defenda os interesses da ADCA e que respeite as premissas de todo este processo. A Adémia fez o que devia ser feito. Os outros não sabemos se o fizeram. Esse problema não é nosso.
Lamentamos que alguns parceiros, numa atitude de alguma esperteza, através de amizades pessoais ou quaisquer outros processos, tenham tentado ultrapassar decisões políticas, avançando com obras, sem os competentes contratos assinados. Neste momento há horas homem, horas máquina e material a facturar. Por alguém que se afastou do processo por incapacidade. Não sei como vai ser, nem interessa ao nosso clube, como vão resolver o problema. Agora alguém quer receber e alguém tem de pagar.
A Adémia neste momento não deve nada a ninguém. Fez as coisas bem feitas e assim vai continuar. Até a decisão final.
Este rol de incertezas, tem acarretado prejuizos morais e materiais ao nosso clube. E vão quatro meses de paragem de actividade no nosso campo. As pessoas esquecem-se que um mês tem quatro semanas e que, cada escalão do clube efectua, no mínimo quatro jogos por mês. Como são sete os escalões em competição, traduz-se em 28 jogos. Quase trinta. Em quatro meses de atraso estamos a referir-nos, grosso modo, a 120 jogos. Não é a mesma coisa de uma paragem de dois meses de um clube que apenas dispõe de dois escalões como é o caso, por exemplo, do Souselas pois são 16 jogos apenas, dos quais apenas 8 para alterar. Alterar dos 120 jogos, pelo menos 60 é obra e não é brincadeira. Avisar Clubes envolvidos e aquele que é dono do campo emprestado articulando disponibilidade de calendário compatível com a ADCA e AFC, alterar campos , alterar horas, requisitar atempadamente policiamentos, em que umas vezes a jurisdição é da PSP e outras da GNR. Qualquer alteração de alteração e tem havido muitas tem que se avisar estes organismos duas vezes, etc., etc. Marcar campos fora de casa e toda a logística subsequente, como carros para marcação, cal, etc., etc. A caldeira de Vilela face ao aumento do esforço exigido "estoirou". A de Brasfemes está a "estoirar". Os atletas da ADCA têm de vir tomar banho à Adémia para facilitar a vida aos visitantes. Os atletas da ADCA quando chove vêem enlameados nos autocarros do Clube que sujam, a tiritar de frio e com enormes possibilidades de se engriparem. Os treinos que temos de realizar extra-muros e os transportes de atletas que temos de efectuar. A despesa associado ao aumento dos consumos de gasóleo. Durante quatro meses. Até parece que é propositado e nos querem destruir. Não sei quanto tempo mais vamos aguentar isto. A corda está a esticar.
NÂO BRINQUEM MAIS CONNOSCO, POR FAVOR.
Habituamo-nos na nossa vida profissional a perceber que o que é branco é mesmo branco e o que é preto é mesmo preto. Afastados da vida activa e nesta altura empenhado no associativismo desportivo, estamos a aprender que "cá fora" as coisas não são assim e que às vezes há "precipitações" porque "as coisas nem sempre são assim". Esta é uma forma de vida, que não se coaduna com a nossa forma de estar, com aquilo que aprendemos, com a verticalidade, com a honra, com a lealdade e com a honestidade. Habituamos a cumprir sempre com HONRA. Fomos, somos e vamos continuar a ser EXIGENTES e vamos manter-nos FIRMES, muito firmes.
É que, como começamos a apercebermo-nos, a vida está tão incerta quanto o mercado. Não foram esses os valores que aprendemos, inicialmente dos nossos pais , pessoas humildes, um com a segunda classe e outro a terceira classe. Pessoas humildes e honradas que cultivaram em nós os VALORES que HOJE defendemos intransigentemente. Isto mexe necessariamente connosco afectando sobremaneira a saúde. A verificar-se a continuidade destas situações, o problema da arritmia vai continuar a repetir-se. Até quando não sabemos.

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